Engolir o choro

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Engole o choro, menina!

Não foi nada, esse machucado nem doeu! 

Meninos não choram… 

Não chore, seja forte…

Você já deve ter ouvido essas frases ou talvez já tenha falado algumas delas o seu filho (a).
Quando aprendemos a engolir o choro, evitamos o contato com a tristeza, com a frustração, com a dor… Mas esses sentimentos também são importantes para o processo de desenvolvimento da criança e também do adulto.
Você já percebeu que depois que você chora, sente um certo alívio. Às vezes, o relaxamento é tão potente que até dormimos? Com a criança não é diferente. O que acontece é que nós adultos, às vezes, julgamos o motivo do choro como bobo ou sem importância.
Mas para a criança, o que ela está sentido é muito importante.
Por exemplo, se ela caiu e se machucou. Não devemos dizer que não foi nada. Foi, sim, e está doendo! No lugar, podemos dizer:
– “Sei que está doendo, mas já vou cuidar disso e daqui a pouco vai melhorar!”
– “Amor, sei que agora você está triste, mas estou aqui do seu lado para te dar um abraço bem forte, logo logo você ficará bem!”
– “Sei que está bravo. Eu também fico assim de vez em quando, mas agora você não ganhará o que está pedindo.”
– “Eu também já me senti assim e foi muito bom quando conversei com alguém. Você pode me contar o que está acontecendo. Sempre poderá confiar em mim.”
Essas frases auxiliam a criança a entrar em contato com a tristeza ou com o choro. Elas ajudam a fortalecer a autoestima. Permitem que a criança lide melhor com as frustrações e dores. Fazem com que os pequenos enxerguem as situações difíceis com mais força.
Acolher o choro, e não impedi-lo, estreita os laços entre pais e filhos, possibilita que o filho tenha confiança nos pais. Assim, lá na frente, os filhos se sentirão confortáveis em contar o que se passa dentro deles, sem ter o medo de que seus sentimentos sejam menosprezados.
Os olhos são as janelas da alma, sendo assim, chorar ajuda a lavar a alma para que possamos enxergar melhor as situações.